Famílias e empresas catarinenses podem pagar R$ 12,81 a mais por mês na conta de luz caso o Congresso Nacional derrube os vetos presidenciais ao projeto de lei das eólicas offshore, que trata da geração de energia em alto-mar. O alerta foi feito pelo Grupo Equilíbrio, formado por 17 entidades do setor elétrico e produtivo do Brasil.
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O impacto seria duradouro: um aumento médio de 9% na tarifa de energia por 25 anos, com reajustes anuais pela inflação. Isso não só encareceria a conta de luz como também afetaria o custo de produtos e serviços, aumentando o peso no orçamento das famílias catarinenses.
O projeto de lei foi aprovado em 2024 com o objetivo de regulamentar a energia eólica no mar, mas recebeu “jabutis” durante a tramitação — dispositivos sem relação direta com o tema principal, que favorecem outras fontes como termelétricas a carvão, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas solares. Essas alterações, segundo o grupo, podem gerar um custo extra de R$ 545 bilhões até 2050.
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“O consumidor de energia não pode pagar essa conta. Esses jabutis criam subsídios que beneficiam grupos específicos, mas aumentam a conta de luz de toda a população brasileira, especialmente a mais pobre”, afirmou Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
A discussão deve retornar à pauta do Congresso nas próximas semanas. Caso os parlamentares de Santa Catarina optem por derrubar os vetos, estarão contribuindo diretamente para o aumento da conta de luz dos próprios eleitores.
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