Música

Toda banda precisa começar por algum lugar, o Journey começou no Rock Progressivo 622i68

Quando falamos de Journey, é inevitável lembrar dos versos de “Don’t Stop Believin”, clássico imortalizado no álbum (disco) Escape de 1986. Mas, nesse texto, vamos falar de uma outra fase da banda. Uma fase em que o Journey ainda buscava reconhecimento – ou, mais precisamente, seu início.

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Em 1975, Steve Perry, que depois viria a ser a “voz” do Journey, nem imaginava que um dia seria parte do grupo. Nessa época a formação da banda girava em torno de Gregg Rolie (tecladista e vocalista) e Neal Schon (guitarrista), os dois advindos da banda mexicana Santana, daquele mesmo Carlos Santana. O baixista seria Ross Valory, que já havia tocado na The Steve Miller Band e, para a bateria, foi contratado Ainsley Dunbar, que havia tocado recentemente com John Lennon e Frank Zapp.

O nome do conjunto primeiramente foi “Golden Gate Rythm Section” – sobre essa alcunha o grupo tinha o intuito de ser uma banda de apoio de grupo maiores, ideia que foi rapidamente abandonada após um fracassado concurso de rádio para escolher outro nome para a banda. Nessa mesma época o roadie (técnico de apoio que viaja com uma banda ou artista em turnê, responsável por lidar com a produção de shows, incluindo montagem, desmontagem de equipamentos, afinação de instrumentos, testes de som e assistência aos músicos) John Villanueva sugeriu o que viria a ser o nome definitivo da banda, Journey.

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Em 1974 o grupo fez a sua primeira aparição como Journey no Great American Music Hall e garantiu um contrato com a gravadora Columbia Records. Antes mesmo de lançar seu primeiro álbum autointitulado, o Journey chegou a gravar uma demo com as músicas que posteriormente estariam no disco definitivo; também foram gravadas algumas peças instrumentais que depois ficariam de fora desse disco. Dentre elas estava também a faixa título do disco demo, “Charge of the Light Brigade”.

O disco Journey foi lançado em 1º de Abril de 1975 pela Columbia Records e foi gravado nos estúdios da CBS em San Francisco, Califórnia. O álbum começa com “Of a Lifetime”, que ora é calma, ora mais pesada, um som progressivo que flerta descaradamente com o hard rock quando o vocal agressivo de Rolie se sobrepõe. Na sequência o disco apresenta “In the Morning Day”, ela inicia quase como uma balada e vai ganhando força com os teclados de Rolie no melhor estilo John Lord (Deep Purple). Fechando o Lado A do disco a instrumentar “Kohoutek” conta com o trabalho impecável do baterista Ainsley Dunbar. Essa é uma música que se mostra descaradamente um som experimental, sendo em sua maior parte bastante anárquico.

O Lado B é a aberto com “To Play Some Music”, a canção mais rápida desse disco e que claramente foi composta para ser um single. Na sequência “Topaz” se apresenta quase que como uma “Jam Session”, e claramente com forte influência do primeiro disco de Santana (é a minha música preferida nesse disco).  Com um pé no Jazz e outro no Blues “In My Lonely Feeling/Conversations” tem um ar boêmio, tudo isso conectado pelo belo trabalho de guitarra de Neal Schon. O que viria para fechar o disco seria um Rock Progressivo que flerta deliberadamente com o Hard, “Mistery Mountain” é uma baita canção para se ouvir bebendo um belo whisky no fim de uma noite de domingo.

O disco Journey não foi um sucesso comercial e também ficou longe de estar entre os primeiros nas paradas de sucesso. “To Play Some Music”, seu principal single, ficou longe de alavancar o disco. Amargou a 138ª posição na parada norte-americana de discos. Nele ficaram claras as influências de Santana, Styx e Kansas. Mas foi um importante álbum para fincar as bases do que viria a ser o Journey ali na frente. A história continuou.

Por: Gionei “Pollenta” Cambruzzi Fhynbeen, Jornalista, Locutor e Programador Musical da Rádio 92 FM de Caçador. Apresentador do Programa Clube da Véia que vai ao ar de Segunda à Sábado, das 10h50 às 12h50 na emissora.

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