Foto: Ernesto Júnior | RBV Rádios 5u5qu
O café é muito mais do que uma bebida no Brasil — ele é um verdadeiro símbolo cultural. Seja no calor ou no frio, de manhã ou à tarde, o famoso “cafezinho” faz parte do dia a dia da maioria dos brasileiros, trazendo aconchego, sabor e tradição.
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Conforme o chef Cristian Demori , o café é uma das bebidas mais emblemáticas do cotidiano nacional. “O café é a segunda bebida mais consumida do mundo e está totalmente inserido nos hábitos do brasileiro. Sem ele, o dia parece que nem começa”, afirma.
Nos últimos anos, o consumo de cafés especiais cresceu significativamente no Brasil. O público tem buscado opções mais puras e menos açucaradas, valorizando o verdadeiro sabor da bebida. Segundo Christian, isso reflete uma mudança no paladar do brasileiro. “Antes não existiam tantas variedades. Hoje, temos o café 100% arábica, com sabores e aromas únicos, que variam conforme o tipo de planta, o solo, a torra e até o terroir”, explica.
Essa diversidade tem impulsionado novas experiências gastronômicas em cafés e restaurantes. Em Videira, por exemplo, um novo espaço foi inaugurado recentemente para oferecer o café em diferentes momentos do dia — seja no café da manhã, no meio da tarde ou no happy hour.
Mesmo com os recentes aumentos no preço do café, o consumo continua forte. Entre março e abril de 2025, o café registrou alta de 10,77% nos preços, segundo o IPCA. No acumulado de 12 meses até abril, o aumento foi de cerca de 80%.
No entanto, a tendência agora é de queda. Segundo Micheli Poli Silva, integrante do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a chegada da safra 2025 ao mercado e o bom desempenho de países como o Vietnã — segundo maior produtor mundial — estão puxando os preços para baixo.
“A safra do Brasil está boa e ainda temos a ‘safrinha’, que pode influenciar ainda mais os preços, desde que as geadas não prejudiquem os cafezais”, explicou Micheli em entrevista ao portal NSC Total.
De acordo com a ABIC, o Brasil continua liderando a produção e a exportação mundial de café, e também ocupa a segunda posição entre os maiores consumidores, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2024, cada brasileiro consumiu, em média, 6,25 quilos de café.
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