O Maio Amarelo, campanha internacional voltada à segurança viária, ganha novo fôlego em 2025 diante de um dado alarmante em Santa Catarina: o aumento das mortes no trânsito, especialmente entre motociclistas.
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Com o tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) lançou o infográfico “Acidentes de Transporte Terrestre: A realidade nas estradas”, chamando atenção para a crescente letalidade nas rodovias catarinenses.
Segundo dados da SES, entre 2020 e 2024, as internações por acidentes de trânsito subiram 31,6%, saltando de 6.532 para 8.594 casos. Os óbitos aumentaram 11,6%, chegando a 1.513 mortes no último ano. Entre essas, 534 vítimas eram motociclistas, grupo que responde por mais de 35% das mortes em 2024.
Perfil revela vulnerabilidade dos motociclistas
A análise detalhada do perfil das vítimas de acidentes com motocicletas mostra a gravidade da situação. De 2020 a 2024, 88% dos mortos eram homens, a maioria entre 18 e 35 anos, faixa etária mais exposta a riscos no trânsito.
Apesar de as internações por acidentes com motos terem caído 1,8%, as mortes subiram 23,6%. Isso indica que os sinistros estão mais graves, com muitas vítimas não resistindo até o atendimento hospitalar. As causas mais recorrentes são excesso de velocidade, imprudência e a baixa proteção física dos condutores.
“O aumento da gravidade dos sinistros indica a necessidade de fortalecer a prevenção, desde ações de fiscalização e educação até a resposta pré-hospitalar qualificada. O grupo mais afetado é formado pelos motociclistas. Eles são, em sua maioria, homens, jovens e com vidas inteiras pela frente”, destacou Adriana Elias, chefe de Divisão da SES.
Regiões com maior índice de mortes no trânsito
Algumas regiões apresentam taxas de mortalidade superiores à média estadual. A Grande Florianópolis, o Nordeste e o Médio Vale do Itajaí são os principais focos. Somente em 2024, Florianópolis registrou mais de 20 mil acidentes em áreas urbanas.
Nas rodovias, a situação é ainda mais crítica. As BR-101, BR-470 e BR-282 são apontadas como as rotas com maior concentração de acidentes fatais, principalmente com motocicletas.
Acidentes impactam além da saúde
Os acidentes de trânsito não afetam apenas as famílias e vítimas, mas também geram altos custos sociais e econômicos. Em 2024, os gastos com internações de motociclistas ultraaram R$ 10,9 milhões, com média de R$ 2,1 mil por internação.
Esses acidentes ainda geram danos materiais, perda de produtividade, afastamentos do trabalho e aposentadorias por invalidez, sobrecarregando o sistema público de saúde e afetando a economia da população.
O Maio Amarelo reforça a necessidade de mudança de comportamento, com ações coletivas e individuais que podem salvar vidas. O trânsito seguro é um dever de todos.
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